sábado, abril 10, 2010

A gente cresce, não adianta...

Faz um bom tempo que estou em uma área profissional meio que desgastante.Trabalhar com gente tosca, fechada, obtusa, limitada, é cansativo.Durante muito tempo trabalhei em regime formal, cumprindo horário, me submetendo, remoendo, agonizando, querendo propor um monte de coisa bacana, legal, criativa, com resultados excelentes pro patrão (fabricante) e pro cliente(comprador).E a grande barreira era:os vendedores e fabricantes estavam preocupados em empurrar móveis, necessários ou não.Eu, preocupado em gerar soluções.De fluxo, de trabalho, de exposição de produtos, enfim, sempre me coloquei mais no papel do investidor final, o que estava arriscando um valor, um patrimônio.Acompanhava os vendedores e via os absurdos, iam direto nas questões;quanto custa, como custa, como paga, etc.. e tal. Comissão de 10%, pegar o proporcional da entrada de 40% do valor da obra, esse era o objetivo.E era neste momento que eu pedia licensa pra ir fumar na rua.Achava constrangedor demais aquilo.Neste período eu era um desenhista, fazia na mão os projetos, respirava o meu ramo, entendia a matéria, e muitos me perguntavam por que eu não ia pra venda!Respondia que jamais venderia algo que eu mesmo não comprasse.E neste mesmo período eu só pensava em grana, cobrar pelo meu trabalho, tinha que ganhar mais, achava que merecia ganhar mais.E nada!Não avançava em nada!Depois de algum tempo, me conscientizei do seguinte:rico eu não fico mais trabalhando, então, vou buscar obter satisfação no que faço, realização, ter prazer em fazer um trabalho bem feito.Aí, aos 31 anos, concluí meu 1° grau em um supletivo, em seguida busquei cursos de computação gráfica, e parei de pensar em grana!Conquistei uma clientela fiel, fiz valores,elevei o nível da relação.Permaneci algum tempo assim, realizando, progredindo, aprendendo, por que isso nunca para, o proceso de aprendizagem. E isto inevitavelmente me colocou em outras opções, outras possibilidades, coisas que no passado me recusava veementemente a fazer, achei(ou fui achado) pela possibilidade viável.Poder ir a campo oferecer um produto, um serviço, focado na proposta de oferecer soluções, caminhos, vender um conceito.Era o que eu precisava, era o que eu queria, e estou no meio disto agora, saboreando cada contato, cada telefonema, me sentindo útil cada vez que ouço "muito obrigado".Coheço muitos tipos de vendedores, os tiradores de pedido, que é o cliente que compra deles, não são eles que vendem, os que só dizem sim, que orçam qualquer absurdo proposto pelo cliente, o vendedor financeiro, que quer ir direto aos valores, e tem muitos outros mais, mas quero ir na contramão deles.Quero propor idéias, resultados, funcionabilidade.Alguém há de querer comprar de mim.Eu espero.

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