sexta-feira, março 26, 2010

Para acreditar em si

Este será meu último post sobre religião, falta de, ou qualquer outra merda que tenha algo relacionado à isso. Por que? Pois eu percebi, bem tarde, que isso é idiotice. Tentar se definir por algo que acredita - Ou deixa de acreditar, isso é.

Eu já fui um tanto idiota com assuntos de religião ou falta dela. Talvez um tanto intolerante, talvez me sentindo discriminado... Eu já agi feito um, e eu já fui um. Eu tentava ser feliz por algo que eu acreditava, e não por simplesmente ser eu. Eu não era eu, eu era o que me definiam como pessoa. Eu era um católico, eu era um ateu, mas nunca fui simplesmente Victor Biancardine. Até agora.

Já defendi muito idiotas de ambos os lados da discussão, tanto religioso quanto ateísta (Sim, eu estou apontando para Richard Dawkins. No minuto que você lucra em cima de uma - falta de - fé, ou cria um símbolo para demonstrá-la, você tornou isso em uma religião), sempre insultando o lado oposto.

Mas, recentemente, eu percebi que isso tudo é simplesmente bobagem. O que me importa, honestamente, a origem do Universo? Podemos ter vindo da vagina de uma alienígena inter-dimensional, isso não vai mudar o fato que eu estou aqui, vivo, e quero tentar ser feliz no tempo que tenho de vida. Mesmo que, no futuro, descubram que de fato tudo veio do Big-Bang, de nada vai mudar as coisas. Os religiosos vão refutar isso, como sempre. Afinal, estar certo nem sempre é o mais importante.

Você pode tentar, como eu tentei por anos, ser feliz ouvindo um pastor, ouvindo um Dawkins da vida, ouvindo até mesmo um cara que diz que o Maradona é o "Grande Criador", isso não vai te fazer mais feliz. Não vai nem ao menos te reconfortar. Pois, no fundo, você sabe tão bem quanto eu que ter uma religião não é de fato o que te define. É você.

Pense um pouco: Quanto tempo você demoraria para poder se definir? Para poder dizer, sem sombra de dúvidas, que "Você é você"? Aposto que, com certeza, você citaria sua religião. Aposto também ainda, que você citaria seu emprego, sua nacionalidade e seu time de escolha. Mas, vamos pensar um pouco além disso: Você é mesmo só isso, ou isso tudo se junta à algo mais, que compõe o ser vivo que é você?

Digamos que você seja um Botafoguense, corretor de imóveis, brasileiro e evangélico. Muito bem, eu posso te apontar, no mínimo, dez mil pessoas que tem exatamente essas mesmas preferências/características que você. Mas isso quer dizer que elas são você? Obviamente que não.

Por isso que estou oficialmente dizendo: Eu não sou ateu, eu não sou religioso. Eu sou apenas e simplesmente eu. E o que isso significa é algo que tentarei ao máximo descobrir. Pois não adianta tentar viver sua vida pelo que outros dizem. Assim você nunca irá à lugar algum. Você tem que se definir, e você apenas.

Por isso que eu digo:
Eu não acredito em "Deus", eu apenas acredito em mim.

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