Prelúdio: Foda-se
Vamos fazer um jogo: Você me diz três coisas que você ama, e eu te digo três motivos pelos quais você é um idiota. Eu sei, você está ofendido, mas, para ser honesto, eu não poderia me importar menos com você. Se você está lendo isto, meu caro amigo, é porque você ainda não me conhece. É porque você ainda não sabe o que é esta bola de merda infectada chamada "Vida".
Eu poderia falar algo de "Tudo começou quando", mas... Isso é retardado. Eu poderia relatar o que levou à isso, mas isso também seria retardado, sem contar que demoraria um bocado. Eu posso falar de minha infância, se você quiser. Ela foi marcada por três momentos separados, e nesta ordem: O momento que eu nasci, o momento que meu pai morreu e o momento que eu aprendi para quê servia meu pau.
Mas vamos falar de você: Você, por acaso, é feliz? É, imaginei que não. Se serve de consolo, ninguém é. Sabe aquelas merdas que enfiavam na sua boca de que você era especial? Quanto tempo demorou pra você ser desiludido? Para mim demorou até eu arranjar um trabalho escrevendo obituários. Mas tem lá suas vantagens, como, por exemplo, na morte de seus amigos:
Morreu hoje Alexandre Ernesto Ribeira, vítima de AIDS. Sua mulher ficou chocada ao descobrir do caso que seu marido mantinha com um travesti da área pobre da cidade, mas diz que manterá o funeral de qualquer forma. É incerto se ela chamará o amante, mas presume-se que ele não será convidado para a cerimônia.
Desse texto, trinta porcento é verdadeiro. E antes que atirem uma pedra, se você não morre nem vive com dignidade, não merece um obituário digno. Aposto que, quando eu parar de chupar o pau da vida, meu cartório será parecido, ou até mesmo pior. Ei, você ainda está aqui. Parabéns. Já que você foi um bom garoto, eis um presente.
Eu poderia falar algo de "Tudo começou quando", mas... Isso é retardado. Eu poderia relatar o que levou à isso, mas isso também seria retardado, sem contar que demoraria um bocado. Eu posso falar de minha infância, se você quiser. Ela foi marcada por três momentos separados, e nesta ordem: O momento que eu nasci, o momento que meu pai morreu e o momento que eu aprendi para quê servia meu pau.
Mas vamos falar de você: Você, por acaso, é feliz? É, imaginei que não. Se serve de consolo, ninguém é. Sabe aquelas merdas que enfiavam na sua boca de que você era especial? Quanto tempo demorou pra você ser desiludido? Para mim demorou até eu arranjar um trabalho escrevendo obituários. Mas tem lá suas vantagens, como, por exemplo, na morte de seus amigos:
Morreu hoje Alexandre Ernesto Ribeira, vítima de AIDS. Sua mulher ficou chocada ao descobrir do caso que seu marido mantinha com um travesti da área pobre da cidade, mas diz que manterá o funeral de qualquer forma. É incerto se ela chamará o amante, mas presume-se que ele não será convidado para a cerimônia.
Desse texto, trinta porcento é verdadeiro. E antes que atirem uma pedra, se você não morre nem vive com dignidade, não merece um obituário digno. Aposto que, quando eu parar de chupar o pau da vida, meu cartório será parecido, ou até mesmo pior. Ei, você ainda está aqui. Parabéns. Já que você foi um bom garoto, eis um presente.
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