Dois à esquerda, giram a porca,
Dois à direita, giram a manivela.
Ancestrais do chefe, morreram na forca,
Os operários pararam, foram à capela.
A fábrica cresceu, se expandiu,
Robôs faziam o trabalho,
Operários foram ao retalho,
Do alto o chefe contou dinheiro e riu.
Toda vez que o robô morria,
Sempre se substituia.
Salário era pouco,
Apenas para quem não era louco.
A voz ativa era inexistente,
Quando o robô pegava no batente,
O trabalho era sua vida,
Que vida, em contrapartida.
O mesmo movimento hipnotizante,
Por anos e anos adiante.
Um robô viciado, um robô programado,
Um robô chamado humano, coitado.
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