sexta-feira, dezembro 04, 2009

A lenda da morte branca

Depois de cumprir um ano de serviço militar obrigatório em 1925, o fazendeiro Simo Häyhä foi convocado pelo exército finlandês devido ao início da Guerra de Inverno, entre Finlândia e União Soviética, em 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial.
Como conhecia bem e estava acostumado às baixas temperaturas da região, logo, passou a servir como  franco-atirador fixando-se numa área estratégica.
   Trabalhando em temperaturas entre os 20 e 40 graus negativos com uma camuflagem totalmente branca, Häyhä empregava ainda algumas táticas para dificultar a descoberta de sua localização, como utilizar miras comuns para evitar o reflexo das lentes das miras telescópicas, congelar a neve à sua frente para que o tiro não a soprasse, e também, colocar neve na boca para esconder os sinais da sua respiração.
Soldados das tropas soviéticas que tentavam tomar a região, caíam um a um. Não demorou muito e o atirador ganhou o apelido de Morte Branca (White Death), provocando medo nos inimigos.Teve 505 mortes confirmadas, mas o número pode chegar a 800.
Ao longo de 100 dias, Simo Häyhä eliminou mais de 500 soldados soviéticos, uma marca que o tornou o mais eficiente franco-atirador da história.
O exército soviético executou vários planos para tentar eliminá-lo, enviando franco-atiradores e até artilharia pesada. Quando nada parecia poder detê-lo, Häyhä foi atingido na cabeça por uma bala explosiva no dia 6 de março de 1940.
Resgatado por tropas aliadas, ele recuperou a consciência três dias depois, no dia seguinte a assinatura do tratado que pôs fim ao conflito.
Simo Häyhä recuperou-se totalmente e viveu na Finlândia como caçador de alces e criador de cães, morrendo de velhice em 2002.
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