Tudo estava igual como era antes
Quase nada se modificou
Acho que só eu mesmo mudei
E voltei...
Lá se vão quase 10 anos desde a minha última publicação neste blog, e sei lá por quê me senti atraído a escrever de novo. Talvez pra olhar nos olhos do meu eu do passado e dizer, "mano, meu deus, tu precisa mudar, e muito, e urgentemente!!"
Não deixa de ser um tanto traumático eu me ver como um cara pró bolsonarismo, anti política de cotas e que reagia a cada grito de socorro da comunidade LGBTQ como "ceninha de gente fresca querendo mais privilégios", sem a menor empatia com qualquer causa dos excluídos.
Mas como sempre eu dizia que emburrecemos na velocidade proporcional ao acesso à informação, que na época já era em tempo real, decidi ir na contra mão disso. Vi outras pessoas no mesmo caminho algum tempo depois, Felipe Neto foi um destes. Por que estagnar é uma opção , mas evoluir é obrigatório, e tudo SEMPRE começa com uma decisão. E daí a gente grita ao perceber que sair da letargia é doloroso, é sofrível e é um caminho permeado de muito choro, lamento e ranger de dentes. Depois de algum tempo assumimos algum controle e entendemos que quando em queda livre, o melhor é não se debater, deixar fluir e esperar o baque, por que quando sentimos o estalo final é sinal que acabou, que finalmente encontramos uma base sólida pra subir tudo de novo só que mais forte, confiante e experiente.
Neste período fora do blog me separei, virei avô, minha vida profissional desandou quase que totalmente, descobri que eu amo artesanato e até sou relativamente bom em esculpir e outras situações que talvez um dia eu conte aqui, como quando precisei ficar quase um ano longe de casa e família por um erro da molecada do crime organizado local, mas como diria Jack, o Estripador: vamos por partes, uma coisa de cada vez...
Fui abrindo a porta devagar
Mas deixei a luz entrar primeiro
Todo o meu passado iluminei
E entrei