sábado, julho 31, 2010

Pistola 45mm...de montar!

Este cubo pode parecer uma versão demoníaca de Jenga, mas na verdade é um complicado quebra-cabeças de 125 peças. Quando você resolve ele, em vez de uma figura, você fica com uma arma calibre 45 de disparo único chamada Intimidator. Sério.
O quebra-cabeça Intimidator, de autoria do maquinista GarE Maxton, inclui seis tipos diferentes de metais: alumínio, latão, bronze, cobre, magnésio e aço. Quando desmontado, é uma coleção impressionante de peças.

Nem todas elas vão na arma em si, é claro. Porque a Intimidator é bem mais que uma arma:
"É um conjunto de ferramentas personalizadas, todo o hardware necessário, balas de calibre 45, uma mira padrão, uma mira laser, um cantil com chumbinhos, uma área de armazenamento seguro para 209 cápsulas de cartuchos, uma ferramenta para remoção de cápsulas de cartucho gastas e uma vareta para carregar as balas."
E se você está tendo problemas para imaginar isso montado, dê uma olhada na arma finalizada:
Isso mesmo: não apenas é uma arma, mas também é dourada! O que é justo. Depois de todo o trampo para montar, você merece algo brilhante e bonito.

Copiado integralmente do exclente Gizmodo.

Imagens Very Crazy 4


segunda-feira, julho 26, 2010

Os inimigos do saber



Esqueça a melodia chata e escute a letra! Só vejo futuro no mundo pelas crianças, e a educação/formação é a base do indivíduo que vai fazer o futuro.Já não temos educado muito nossos filhos, o estado os priva da formação, então...Vamos investir apenas em presídios? Não, né? Por favor, não votem mais em pilantras desinteressados no futuro! Por favor!!!

Insira Título Provocativo Aqui

Eu acordei. Estava escuro. Ao fundo, alguns sons se faziam ouvir. Eu abri os olhos. Ainda estava escuro. Eu levantei uma mão. Não estava amarrado. Ok, então eu já estava parcialmente bem. Tentei levantar uma perna. Não consegui. Estava sentado, com as pernas presas. Provavelmente era refém de algum vilão do mal, ou robô. Ou, se minha sorte estivesse se sentindo alegre (Leia-se: Dopada), uma mulher sem muitos escrúpulos e que iria me manter refém para chantagear meu jornal, e dividir o lucro comigo.

Então uma luz se acendeu, destruindo tanto minha fantasia da mulher chantageadora quanto minha ilusão de não estar de ressaca. Eu xinguei alto, conforme esfregava meus olhos com desdém. Olhei para o que estava prendendo minhas pernas: Minha mesa.

"Bom dia" Era o Sérgio, meu editor. O que diabos ele estava fazendo na minha casa/calabouço aonde eu estava aprisionado?
"Não grite. O que diabos você está fazendo na minha casa? Ou neste calabouço?"
"Bem, você está metade certo. Você está no seu escritório. Passou a noite aqui."
"Ah. Eu estava acompanhado?"
"Sim, claro. Por três super-modelos e a Scarlett Johansson" Ele sempre sabia quando mentir para me agradar.
"Faz sentido." Mas eu nunca iria deixar ele ficar feliz em me agradar. Que tipo de amizade seria essa? "Me passe meus óculos, por favor."
"Aqui." Ele me passou meus óculos, daonde faltava uma lente. Maravilha. De qualquer forma, os coloquei, fingindo não perceber a lente faltando. "Sabe, os jornalistas estão começando a achar que você tem glaucoma."
"E por quê eles achariam isso?"
"Por causa de... Você sabe, quase sempre estar de óculos."
"Ah. Bem, melhor do que acharem que sou alcoólatra." Eu tinha um acordo com Sérgio: Se ele me chamasse de alcoólatra, seria jogado aos tubarões convenientemente colocados no piscinão de ramos (Uma pessoa faltando, duas... Quem iria notar? De fato, eu sinto pena é dos tubarões) "Me passe um café, vai."
"Aqui, com muito açúcar"
"Obrigado, secretária."
"Cale a boca." Eu tomei um gole do café. Precisava de mais açúcar, e estava quente demais. Murmurei uma coisa sobre açúcar, e coloquei-o no Lucas, minha mesa (Devido a cortes no orçamento, fomos obrigados a promover nossos estagiários para mobília). Ele tremeu um pouco com o calor, mas depois se manteve firme.
"Então, o que te traz até mim nesta adorável Quinta-Feira de tarde?" Eu sorri da maneira mais falsa que pude.
"É Terça-Feira, são nove da manhã, e você ainda não me entregou sua crônica para amanhã." Merda. Eu tinha esquecido completamente dela.
"Merda! Steve, seu computador inútil!" Eu dei um tapa na cabeça de Steve, o estagiário que era meu computador na hora de escrever. Ainda bem que não era Júlya, a estagiária que era meu computador na hora de ver pornografia. Eu já posso ser preso por muitas coisas, mas preferiria que "Espancador de mulheres" não estivesse na lista. "Está demitido!" Os olhos dele se encheram de esperança.
"Jura?!"
"... Não." A esperança dele foi completamente destruída, como sempre. "Agora vá me trazer mais açúcar, e, depois disso, se espanque no corredor."
"Victor, é sério. Você precisa me entregar a crônica até hoje de tarde."
"Hey, chefe" Sempre que eu estava prestes a fazê-lo levar a mão à face, eu chamava-o de chefe. Ele já havia preparado sua mão "Se importa se eu fizer uma crônica erótica?" E bam! Ele levou a mão à face.
"Óbvio que eu me importo. Você não pode fazer uma crônica de sexo."
"Isso é algum tipo de censura?!" Me levantei da Cyrlene, que caiu no chão, exausta, e fitei meu chefe.
"Victor, você sabe que não pode fazer nada explicitamente sexual. Você já vem forçando a barra ultimamente. Relaxe um pouco. Escreva sobre... Gaivotas." Eu gostei da idéia.
"Gaivotas? Parece uma boa idéia."
"Viu? Não é tão difícil."
"Uma orgia de gaivotas no meio do oceano Pacífico... Ou Atlântico? Em qual oceano têm gaivotas? Espera, gaivota é um peixe, certo?"
"Biancardine..."
"Você está me censurando!" Eu gritei, trazendo a atenção de todos os jornalistas, colunistas, estagiários, mendigos que alugavam nossos estagiários como camas (Exceto pelo mendigo-colunista Sandro, que estava dormindo profundamente sobre Fábio)
"Hey, hey. Não estou te censurando. Apenas te pedindo para ser razoável."
"Não, Sérgio. Essa foi a última gota. Agora é pessoal. Agora é uma questão de honra! De liberdade de expressão! De pornografia jornalística! Você e eu, um duelo. Aqui, agora."
"Você deve estar brincando"

Não houve resposta. Eu fiz a cara mais assustadora que podia, enquanto fitava-o furiosamente. Ao fundo, um grupo de estagiários levemente afinados entoavam The Trio de Ennio Morricone (Cortes no orçamento nos obrigaram a vender nosso sistema de som 5.1, junto com alguns CD's do Fabiano. A maioria eram álbuns repetidos do Justin Bieber, então não houveram muitos protestos - Exceto do próprio Fabiano, claro) Em um momento de tensão semi-nula, Sérgio e eu nos encaramos. Eu me preparando para atacá-lo com Caio, o ex-segurança que resolveu fazer jornalismo, e ele pensando se o seguro dele cobria ataques de colegas de trabalho claramente insanos insanos.

Por fim, ele riu, e eu atirei o Caio em cima dele (Leia-se: Ameacei Caio com uma ordem de demissão e obriguei-o a se jogar em cima do Sérgio). Ele desviou completamente do destrambelhado, e balançou a cabeça, obviamente reprovando meus métodos de tratamento com estagiários.

"Ok, dane-se. Faça sua crônica erótica. Eu vou editar todo o conteúdo pornográfico fora de qualquer forma."
"Isso!" Eu comemorei. O grupo de estagiários encarregados de cantarem então começaram a entoar Don't Stop Believing, que era a música errada (A correta seria Eye of the Tiger). Eles seriam demitidos por tal incompetência. Ou então obrigados a cantar Lady GaGa em frente à casa do Sérgio durante uma noite inteira, ainda não me decidi. "Obrigado, Sérgio! Você não vai se arrepender!"
"Não vou?" Ele pareceu confuso.
"Er... Ok, você vai. Muito. Mas ainda assim, vai ser divertido!" Ele me olhou, sem esperanças. Não iria ser divertido. Por fim, ele saiu, me deixando a sós com minha possível genialidade. Eu tinha a chance de escrever a crônica erótica do século!

Sentei-me na minha nova cadeira, Karen (Quem foi que disse que sou cruel com estagiários?) E chamei ambos meus computadores. Então minha mente ficou em branco. Toda aquela inspiração possivelmente pornográfica havia sumido. Nem mesmo com o auxílio de Júlya a situação melhorou. Mas, por final, sendo o homem calmo e sensato que sou, eu escrevi uma crônica (Esta, e só depois de ter gritado tanto com meu computador que ele começou a chorar). Semana que vêm, quem sabe, eu não escrevo a crônica erótica? (Nota do editor: "Não, não vai." Já disse que meu editor é um tirano que censura a verdadeira arte?) De qualquer forma, espero que tenham apreciado esta crônica. E, se algum de vocês for do departamento de direitos humanos e tiver ficado chocado com meus métodos de treinar estagiários... Bem, terão que passar pelo meu castelo construído com carteiros antes.

quinta-feira, julho 22, 2010

Missão Possível Porém Altamente Improvável: Invadindo os Estúdios da Globo RJ

"E vocês vão ficar aí até resolverem suas diferenças, ou um devorar o coração do outro, emergindo vitorioso. Entenderam?" E tranquei a porta da Sala de Discussões.

A Sala de Discussões era um escritório pequeno abandonado, que muitos diziam ser mal-assombrado. Eu discordava disso, pois já dormi naquele escritório várias vezes, e só acordei ao lado de uma mulher transparente uma vez (Ou poderia ser uma modelo anoréxica, eu nunca sei a diferença). Uma vez, quando eu estava com uma ressaca infernal, eu ouvi um casal gritando nos cubículos aonde ficavam os jornalistas (Todos os colunistas da Nave da Loucura dividem um escritório, pelo simples fato de que os jornalistas têm medo de ficar perto de mim - E não sem motivo, devo admitir).

Eu fui para o escritório dos colunistas, dando um tapa no Fabiano e um soco no Sandro (Era Segunda-Feira, então eles com certeza fizeram algo para merecer. Especialmente o Sandro), e me sentei na minha cadeira, notando a ausência de gritos horrorizados por parte dos discutintes (Eu havia contrabandeado um tigre para a Sala de Discussões).

"Victor" Meu editor, Sérgio (Eu anotei o nome dele em sua testa com um marcador permanente para que pudesse me lembrar) chamou minha atenção. Eu atirei o meu grampeador nele, que habilmente desviou, já esperando o ataque. "Você soube que um dos atores da novela RETIRADO PELA GLOBO POR MOTIVOS DE COPYRIGHT foi pego roubando?"
"O quê?!" Eu pulei na cadeira, ainda atirando coisas aleatórias no Sérgio. Uma vez, eu o ataquei com um guaxinim "Ele foi preso?"
"Não, e - Ah, pelos céus. Ponha ele no chão!" Eu olhei para o que segurava acima de minha cabeça. Era um dos estagiários, horrorizados. Ele havia urinado em si mesmo. Sem dar ouvidos à Sérgio, atirei-o no chão. Era um estagiário, afinal de contas.
"Eu não sei como que você evita processos judiciais." Sérgio levou a mão à face.
"Eu tenho uma amiga que é uma juíz... E uma amiga que é policial... E uma amiga que é advogada."
"Ah. Isso explica. Falando nisso, eu vi que você trancou dois jornalistas na Sala de Discussões."
"Sim," Eu cocei o queixo, ainda tentando ouvir o grito de terror dos dois "Mas acho que o tigre ainda não acordou."
"Eu doei o tigre para um zoológico ontem."
"Você doou o Sr. Bigodes?" Eu estendi a mão, indo pegar meu guaxinim no palito e fazendo Sérgio ficar nervoso.
"Nós tivemos que" Ele girou as mãos como se "Nós" fosse um termo para "Eu estava morto de medo do tigre".
"E o lêmure? Você também doou o lêmure?"
"Não. Minha filha adora ver ele, então deixei ele ficar."
"Ufa."
"Por que, 'Ufa'?" Sérgio desconfiou de minhas intenções, não sem motivo.
"Nada, é que hoje de manhã eu dei Ecstasy com LSD para o Lêmure"
"Você..." Nesse momento, um grito de horror terrivelmente satisfatório percorreu o andar "Você deu Ecstasy e LSD para o lêmure? Por que?"
"Hey, e você doou o Sr. Bigodes. Estamos quites. E o porquê, meu caro amigo Sérgio, é que eu estou treinando ele. Toda vez que ele atirar fezes em você, eu vou dar para ele a dose preciosa dele. Mas para isso, claro, eu tenho que viciá-lo."
"Biancardine" Sérgio levou a mão à face novamente "Lêmures não atiram fezes. Babuínos atiram."
"Ah. Entendi. Podemos contrabandear um babuíno?"
"Não." Nesse momento, eu bati no Sérgio com meu Guaxinim no Palito (Para ser patenteado)
"Bem, estou indo nessa, Sérgio."
"O quê? Aonde você vai?"
"Globo. Vou rodar essa matéria, e vou conseguir algumas entrevistas."
"A matéria do roubo? Mas o ator simplesmente roubou um pedaço de goma de mascar!"
"Foda-se! Eu quero uma crônica, e essa será ela!"

Eu vesti meu fedora e sobre-tudo (Apesar do calor infernal, eu gosto de me vestir como um jornalista sério), e fui para as ruas (Ruas lendo-se: "Estúdios da Globo"). Dirigi meu ônibus (Leia-se: Sentei ao lado de um mendigo se masturbando e de uma mulher obesa que ficava dormindo no meu ombro) até os estúdios, e assim que entrei, pensei nas alternativas que tinha para conseguir uma entrevista sem ser nocauteado e ter um de meus rins roubados (De novo).

Após vários minutos (Três segundos, que foi o tempo que levou para eu tomar um bom gole de Jack Daniels), eu corri em câmera lenta para dentro dos estúdios, firme na minha esperança de ser um filho bastardo de David Hasselhoff, e ter herdado os poderes mágicos dele de Baywatch. Para meu desapontamento, não havia uma Pamela Anderson para me dar assistência.

"Eh... Com licença, senhor?" A secretária interrompeu minha corrida em câmera lenta até a porta. Aparentemente, eu não sou filho de Hasselhoff. Eu tentaria correr pelas paredes feito o Neo, mas a idéia de ser filho de Keanu Reeves me apavora.
"Sim?" Eu abri o sorriso mais encantador que podia. Ela ficou vermelha. Excelente sinal.
"Senhor, aonde estão suas calças?" Eu olhei para baixo, e me vi de cuecas e sobre-tudo. Felizmente, ainda estava de fedora.
"Eu vendi para comprar uma passagem de ônibus" Infelizmente, eu não estava mentindo.
"Eh... Por que?" Ela ficou ainda mais vermelha. Aumentei meu sorriso.
"Sou jornalista." Respondi, simplesmente.
"Ah, compreendo."
"Então, eu posso entrar?"
"Pode." Eu pisquei os olhos, incrédulo.
"Jura? Quero dizer, eu sei que posso, mas... Se importa de dizer o porquê?"
"Bem... Você não está aqui pelo tour?"
"Sim! Claro! O Tour! Sabe, se eu não tivesse meu caderno de anotações" Eu mostrei um guardanapo manchado de cerveja com alguns rabiscos nele "Seria incapaz de escrever uma matéria sequer."
"Bem," Ela deu uma risada. Excelente sinal "O grupo já saiu, mas acho que você ainda pode alcançá-los se correr."

Eu dei um último "Até mais" para a secretária, e, quando ela disse "Não" para minha pergunta sobre irmos num local aonde não haviam câmeras de seguranças (Mas hey, ela me deu um "Mais tarde, quem sabe" também, então é meia-vitória), fui até o camarim do ator ladrão da maneira mais discreta quanto possível. Um esforço provado inútil, já que eu estava cantarolando a música do Missão Impossível.

Quando eu estava na porta do ator, eu dei dois toques na porta. De dentro, veio a voz "Quem é?". Pensando rápido, eu respondi "Serviço de quarto" (A Globo tem um serviço de prostitutas que são entregues à domicílio, né?). Após um silêncio desconfortável, a voz respondeu fracamente: "Entre." Com um pulo, eu abri a porta do quarto, praticamente berrando "Como você se sente sendo um ladrão de goma de mascar?". Então tudo ficou escuro.

Eu acordei horas depois, numa banheira cheia de gelo. Na minha testa, estava um bilhete dizendo "Melhoras" com o símbolo da Globo logo abaixo.

... Filha da mãe.

Grafico

segunda-feira, julho 19, 2010

Revelações, Bariloche e Outras Insanidades

"Pessoal, isto é muito, muito sério." Meu editor gritava com a equipe, sem piedade. Eu, no entanto, estava furiosamente ignorando-o, pois quando seu editor grita com você, a melhor coisa a fazer é ignorá-lo: Ele fica impotente e irritado, que nem quando alguém castra um filhote. A diferença é que eu sinto pena de castrar filhotes, claro.
"Se nós não conseguirmos mais publicidade, nós vamos falir!" - Com essa frase, eu tive uma epifania. Uma realização que mudaria minha vida para sempre, e que eu nunca poderia voltar. Eu me levantei, assustando a todos na sala que acreditavam que eu estava em um coma alcoólico – Isto é, todos – e gritei com todos os meus pulmões minha epifania:
"Espere um minuto! Eu tenho dinheiro suficiente para fazer uma viagem!" E saí correndo do prédio, decidido. Dirigi furiosamente até o aeroporto mais próximo – Uns cinqüenta quilômetros, se não estou enganado – E comprei a primeira passagem que pude para Bariloche. Então eu esperei doze horas até o horário do meu vôo, porque comprar passagens de última hora não funciona que nem nos filmes.
Duas horas antes do vôo, eu fui fazer o Check-In. Entreguei a bagagem de roupas de emergência que sempre deixava no meu escritório – Ela continha cinco trajes de roupa para calor e frio, um frasco pequeno de viagra e um pacote de camisinhas. E também Jack Daniels, claro – E levei a bagagem de emergência que roubei do escritório do meu editor – Não sei o que de fato ele guardava na bagagem, mas não resisti à tentação de roubar alguma idiotice dele.

"Senhor..." O segurança do detector de metais chamou minha atenção depois que eu tentei atacá-lo com um guarda-chuva que eu achei não-sei-aonde quando ele tentou pegar minha mala de mão. Ele era surpreendentemente atencioso e gentil "Por favor, ponha sua bagagem de mão no Raio X e passe pelo detector de metais, antes que eu decida que você é um terrorista e resolva atirar na sua cabeça por 'Defesa Própria', ok?" Extremamente atencioso e gentil.
"Promete que não vai roubá-la?"
"Sim, eu prometo."
"E muito menos falar para meu editor que eu a roubei?"
"Si... Espera, o quê?"
"Nada, nada. Vamos ao detector."

Eu sei que muitos de vocês provavelmente já previram como vai acabar essa história, mas vocês todos estão errados. "Por que?", vocês perguntam? Porque a Sorte me ama. Ou amava até eu prometer que ligaria na manhã seguinte e nunca mais falei com ela. A Sorte é surpreendentemente vingativa.

Eu passei pelo detector de metais, sem um pingo de problemas. Já estava começando minha "Dança Metálica da Vitória" – Criada exclusivamente para o acaso de se passar por um detector de metais sem o mesmo apitar, ou para a improvável relação sexual com um andróide de Blade Runner... Ou qualquer andróide, pra falar a verdade –, que consistia em uma dança metade erótica e metade "Dança do Robô" e completamente inapropriada para qualquer lugar, quando o segurança voltou a chamar minha atenção.

"Senhor, poderia, por favor, abrir sua bagagem de mão?"
"Eh..." Eu hesitei. Eu não sabia o que estava na bagagem de mão do meu editor, mas eu conhecia o Sérgio (Ou Paulo. Ou Ramón. Ou Hans... Acho que começava com "X"): Deveria ter no mínimo, uma AK-47 para minha eventual insanidade estilo O Iluminado "Tudo bem." E abri a mala. Assim que eu vi o que havia dentro, eu lancei para tal conteúdo o mesmo olhar que lançaria para um ornitorrinco sodomizando um elefante, ou para algum livro de Stephenie Meyer: O de nojo horrorizado.

Provavelmente, vocês devem estar curiosos para o que tem dentro da mala. Mas eu respeito muito o Gustavo (Ou Caio, ou Xenu, ou...), e ele me respeita muito também. Eu nunca seria capaz de discreditá-lo neste texto, e muito menos interferir com sua privacidade ao divulgar o conteúdo da mala dele, então eu sinto muito, mas eu não vos direi o que havia na mala.

"Três garrafas de lubrificante..." O segurança vai fazer isso por mim "Um par de algemas..." Então ele suspirou, e completou a lista "E um frasco de viagra" Hey, desastres acontecem em qualquer lugar "Isso é algum tipo de piada, ou você realmente pretendia passar com... Isso por aqui?" Ele apontou para o frasco de viagra, estranhamente, então eu notei-o com mais atenção: Era alto, muito mais alto que eu, tinha um cabelo castanho: Um pouco como o meu, só que menos cinza, e seu sotaque alemão (Ou poderia ser australiano, sou péssimo com sotaques) o tornariam o garoto propaganda da "Raça Superior" (Ou da censura australiana).
"Como você justifica tudo isso?"
"Bem, é que..." Eu tentei inventar uma resposta inteligente, sofisticada, hilária e que me deixasse sair sem culpa "Meu amigo, ele..." E assim que falhei, tentei culpar outra pessoa.
"Ah!" Os olhos do segurança se acenderam como chamas. Ou, para ser menos clichê, como as calças do meu amigo que, depois de beber o máximo que achava humanamente possível, olhou para uma vela e me disse – Ou melhor, me berrou – "Ei! Tive uma idéia genial!"
"Entendi." Ele continuou "Entendi completamente... Vocês dois são... Um casal?"
"Mas hein?!" Eu tentei compreender o que diabos ele quis dizer com aquilo "O que diabos você quer dizer com isso?!"
"Você e..." Ele deu uma olhada para as algemas "Seu amigo."

Eu me deparei, horrorizado, com duas escolhas: Ou eu era "inspecionado" pelo segurança, ou eu fingia ter um "Amigo" que me inspecionava. Obviamente, eu fui com a segunda opção. Meia-hora – E um telefone com os dizeres "Me liga!" que eu nunca iria em minha vida discar – depois, eu estava no meu assento, indo para Bariloche.

Em Bariloche, eu passei quinze segundos aproveitando o frio, oito aproveitando a neve, doze tendo a idéia de manchar a neve com meus fluidos corporais, um minuto manchando a neve com meus fluidos corporais, doze minutos sendo perseguido pela polícia de Bariloche por exposição em público, três dias na cadeia e quatro esperando para ser deportado de volta para o Brasil.

Dou para Bariloche três estrelas de dez.


***

domingo, julho 18, 2010

Ecos

Você sente a escuridão
Tomando seu corpo
Iludindo sua mente
Navegando por seus olhos.

No horizonte, você a vê
Uma luz, pequena e frágil
Você corre em sua direção
E cai por trevas intermináveis.

No canto de seu olho,
Você sente sua presença
Alguma coisa vermelha
Sem forma ou aparência.

Tatea sem sentido,
Procurando sem motivo.
Ensurdecem seus olhos
O relapso de cores.

Formas desfiguradas dançam
Rindo à sua volta.
Você as reconhece, furioso.
O traidor e o plagiador.

Elas riem de você
Com você
Riem do quê?
E fecha seus olhos.

O silêncio lhe acalma
Mas não te ilumina.
Você olha ao redor
Nem mesmo uma luz.

O silêncio ensurdecedor
A escuridão cegante
O nada palpitante
O vazio lhe causa dor.

Subitamente,
Em sua frente,
Você não acredita em seus olhos
Conforme a luz lhe favorece.

Uma explosão de luz e cores,
Alegres e tristes,
Cansadas e eufóricas,
Mortas e vivas.

Por entre cada uma dança um homem
Um homem de trevas,
Ele sorri conforme a música toca,
E ri quando o silêncio volta.

Sua forma é clara como a noite,
Sua voz trazendo gritos de terror
Seus olhos uma visão do Inferno
Seu toque, uma sensação de morte.

E você corre. Corre, e corre.
Escuridão adentro, tropeçando e caíndo
Ele anda calmamente,
Pulando e sorrindo.

Então você a vê
Uma fonte de luz.
Corre em direção à ela
Deixando os terrores para trás.

Mas a luz apaga,
E a escuridão lhe absorve.
Você sente seu corpo,
Sendo examinado, destroçado.

E por fim, na escuridão,
Você sente um último toque.
Ouve uma última nota.
Vê uma última pintura.


 

Sim, senhoras e senhores, eu estou de volta.

quinta-feira, julho 15, 2010

Humanus

Imagens Very Crazy 3

_Ó, é o seguinte, um só de nós, com o cú cheio de bomba, mata tudo vocês!!!

Celula?/Eu também tenho! 







Cosplay do Bioshock. Mandou bem , mano, muito bem mesmo!


 


quarta-feira, julho 14, 2010

Correspondente internacional

Veja a imagem do nosso correspondente internacional na copa, mostrando como usar a vunvuzela

É com vc irmão ....

segunda-feira, julho 12, 2010

Judas & Jesus

Mais uma nova modalidade na Nave, os vídeos malditos que dificilmente vocês verão pela internet. provavelmente algum incomodadinho-pseudo-intelectual-politicamente-correto venha encher o saco, denunciar, aquela merda toda, mas então, enquanto isto não acontece, vamos desfrutar da arte sacrílega e despudorada de produções antigas que recontam algumas histórias já conhecidas por nós. Comecemos, então, abrindo com chave de ouro!

domingo, julho 11, 2010

Micos SPORTV

Vou criar esta categoria graças ao infinito acervo de mancadas que estes  excelentes profissionais cometem! Este vídeo é o primeiro de muitos! Parabéns aos profissionais de comunicação!
Ps.: Faculdade de jornalismo, pra quê mesmo???

A força incontestável da natureza

Alguns trechos são bem fortes, identifiquei um como fake, o do cara que faz bungee jump e um crocodilo cata ele, mas é uma excelente compilação de vídeos sobre animais.


o UHULL tem senso crítico??

 E admite críticas?? Puxa, acho que preciso rever meus conceitos sobre os blogueiros profissionais agora!! Seguinte, a postagem de hoje era sobre merda, tipos de merda (...), a imagem era essa: 


Então, fiz um comentário que achei que jamais seria publicado...e foi!!!



Puxa!!!

Mulher não sabe dirigir?

De repente até não sabe (eu não concordo com isso), mas as meninas..

Pilotam pra caraio!!!
Vi na CNN

Bateristas de calçada

Este primeiro simplesmente me fez perder o queixo:

Mas tem outros:







Existem muitos outros, o talento jogado pelas ruas...


Quer aparecer???




Te daria outra idéia, enfia uma lanterna no rabo e brinca de vagalume! No escuro apareceria bem mais, com certeza!

Olha o golpe aí!!

Enviado por   giulio@giuliolopes.com.br (departamento001@macerdan.biz)

Segue abaixo Comprovante de Deposito
Por favor confirme assim que receber...
Detalhe do comprovnte: data de 02/06/2009 em nome de Associação Casa Madre  Teodora

Olha o golpe aí!!

Prezado Cliente,
Deposito Efetuado
Segue em anexo o comprovante de Deposito em conta; Pedimos que confira seus dados e extrato e verifique se todas as informações e valores estão corretos

Atenciosamente,

Haroldo Riello
Assessoria Financeira
Unilever S/A (Unileversa.com)
Av. Juscelino Kubitschek, 1309 - São Paulo - Brasil
Comprovante Depósito

Aguardo sua confirmação.




Vão ficar aguardando!

sexta-feira, julho 09, 2010

Sendo Parado por um Policial: O Que Não se Deve Fazer

Eu estava dirigindo um carro. Eu não gosto de carros, mas daquela vez valia a pena. Não era o meu carro, óbvio, era o carro de meu amigo Paulo. Eu tinha roubado o carro dele, pois ele me obrigou a assistir Avatar com sua companhia. Eu pretendia atiçar fogo nele, mas aí não teria mais ninguém para pagar minha fiança exceto meu editor.

Eu ouvi um "Hmmph!" no banco traseiro. Era a namorada do Paulo. Ou a mãe dele. Ou a irmã dele. Ou então uma mulher completamente sem relação com o Paulo mas que estava presa, amarrada, e amordaçada no banco de trás do carro dele por algum motivo que não consigo me recordar direito agora. Acho que eu só fui com a corrente mesmo.

Então eu ouvi as sirenes de um carro de polícia. Merda. Olhei para o espelho retrovisor, que estava pichado com imagens obscenas de genitálias humanas e um zebu. Era uma viatura de polícia, mandando que eu parasse. Meu primeiro instinto foi acelerar e tentar escapar, mas eu lembrei que, mesmo no carro do Paulo, quem iria preso seria eu. Então eu parei.

Por um momento, nada aconteceu. Então, para o total desespero da mulher/irmã/namorada/mãe/prostituta com muita má sorte, nada continuou a acontecer. Por fim, o nada disse "Foda-se" e foi tomar uns porres, permitindo que um policial saísse da viatura.

Eu vasculhei meu carro freneticamente, tentando achar algum tipo de alucinógeno, que eu sabia que estaria no carro do Paulo. Por fim, eu achei um saco com três pedras de Crack. Paulo sempre foi um retardado. Eu escondi na calça, que ficou parecendo uma ereção desafortunada. Mas pelo menos o tamanho poderia intimidar o policial, se eu tivesse sorte. Se eu não tivesse, poderia excitá-lo, e ninguém quer ver isso.

No porta-luvas, ou seja lá como chamam essa porcaria, eu achei uma banana, o que era inútil, já que porcos só comem bacon (Eu acho). De qualquer modo, joguei-a pela janela, torcendo para que ele se distraísse como um cachorro que vê uma bola.

Ele parou. Olhou para a banana e pôs a mão na cabeça, provavelmente pensando que eu era um racista. Ah, eu mencionei que ele era negro? É, eu acho que deveria ter mencionado antes. E a banana não foi exatamente a melhor idéia do mundo, agora que eu penso sobre isso.

Ele se aproximou da janela do carro (Ou seja lá qual seja o termo para esse vidro que não faz nada para te proteger de tiros), com uma postura intimidadora que me fez pôr a mão na cara. Ou então era o fato de que ele estava propositalmente mostrando a pélvis contra a janela. Um dos dois.

"Você sabe por que eu te parei?"

"Não, senhor, eu não sei." - Eu respondi, tentando fazer o meu dedo do meio levantado parecer o mais casual quanto possível. Então eu abri um grande sorriso porque, hey, policiais também gostam de sorrisos. E quem sabe assim eu confundia ele e conseguia escapar.

"A placa de seu carro está ilegível. Está pichada com alguma coisa sobre 'James Cameron pode chupar meu pênis azul!' por cima." - Ele manteve sua postura - E pélvis -, apesar da minha tática de confusão.

"Bem, isso foi uma coisa que meu amigo pichou. Mas não é nada demais, não é?"

"E o que essa mulher está fazendo no banco de trás, amarrada e amordaçada?!" Ele pareceu estranhamente surpreso em ver uma mulher de algemas, especialmente sendo um policial.

"É minha namorada. É dia de... 'Novelização'."

"Novelização?"

"Sim! É que ela adora esse tipo de coisa, entende? Ela adora ser amarrada, algemada, amordaçada e carregada no banco traseiro de um carro até aonde diabos quer que eu esteja indo."

"Senhor," Ele esfregou os olhos, obviamente estando cansado de minhas insanidades. "Tentar ocultar o número do seu carro é uma obstrução de justiça muito, muito séria. Agora, seqüestro é pior ainda."

"Err..." Eu tentei inventar uma resposta "Mas não deve ser pior que David Hasselhoff e Rosie O'Donnell transando, não é?"

O homem ficou embasbacado com a imagem mental que eu havia instalado em sua mente. Ou então com o fato de eu ter pensado em alguma coisa tão idiota e tão sem a ver com o assunto em questão. De qualquer forma, eu aproveitei a brecha para acelerar e tentar escapar de uma multa e uma prisão.

Ele me perseguiu longa e arduamente (Por aproximadamente quinze segundos), atirando frenéticamente. Eu teria escapado, mas quando se tratam de tiros, eu prefiro parar a porra do carro. O homem novamente saiu do veículo, dessa vez com uma pistola em mãos.

Eu, já desesperado, procurei meu carro feito um louco para achar uma arma. Qualquer arma. Embaixo do banco do motorista, eu achei uma colher. Não era muito, mas foda-se, era uma arma. Eu saí do carro, colher em punhos, e tentando parecer o mais ameaçador quanto possível.

Ele olhou para mim, exasperado, tentando se decidir se eu era insano ou se a colher era um explosivo altamente avançado. Ele se decidiu pelo primeiro, e foi chegando cada vez mais perto de mim. Eu brandi a colher, apontando para ele, e ele parou, apontando sua arma para mim.

Na beira da estrada, aconteceu uma luta de nervos de proporções bíblicas. A minha colher contra a pistola dele. Sansão contra Golias. Uma formiga contra um lobo. Luke Skywalker contra Darth Vader. Qualquer ser humano na Terra contra Clint Eastwood. Um zebu contra um Exterminador do Futuro. Um germe contra... Qualquer coisa.

O policial e eu nos encaramos por alguns segundos. Ele deu um passo para frente. Eu segurei a colher com mais força. Ele deu outro passo. Eu comecei a suar frio. Ele chegou o mais perto que pôde, e eu bati na testa dele com a colher.

"Ah! Seu filho da puta!" Ele xingou, enquanto me algemava. Por fim, eu passei a noite na cadeia. Uma Sexta como sempre.